Para responder, Gudin passsará por aqui comentando sobre o que toca em sua pick-up, em seu toca fita, em seu CD-player...
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ELIZETE SOBE O MORRO (Copacabana, 1965)
"Esse disco me trouxe definitivamente o mundo desses compositores de um samba autêntico de maior elegância e sofisticação: Zé Keti, Elton Medeiros, Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho e Cartola".
(Gudin - maio/2010)
(Gudin - maio/2010)
São vários os motivos que fazem deste um dos maiores discos da história da música brasileira. A começar pela cantora, que justamente recebeu o título de A DIVINA: ELIZETH CARDOSO.
Elizete Moreira Cardoso nasceu no Rio de Janeiro em 16 de Julho de 1920. Nasceu em São Francisco Xavier, perto do morro de Mangueira. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar. Pouco antes de completar seis anos estreou cantando no rancho Kananga do Japão; aos oito já cobrava ingresso (10 tostões) da garotada da vizinhança para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. Gravou mais de 40 LP's, foi contratada em todas as as fases áureas de veículos de comunicação, como a Rádio Mayrink Veiga e a TV Record. Mas, em 1965, decidiu fazer algo diferente em sua carreira - ao invés de seguir com seu bem sucedido repertório de Sambas Canção, a Divina optou por conhecer de perto algo que já vinha sendo feito em alguns lugares como o Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, por cantoras como Nara Leão e músicos como Carlos Lyra: gravar os compositores populares dos morros cariocas. Então subiu o morro e de lá voltou com sambas de Nelson Cavaquinho (Vou Partir, Luz Negra e A Flor e o Espinho - parcerias com Jair Costa, Amancio Cardoso e Alcides Caminha, respectivamente), Zé Keti (Malvadeza Durão), Cartola (Sim) e um outro menino novo de nome Paulinho da Viola (Minhas Madrugadas, composta com Candeia, e Rosa de Ouro, parceria com Elton medeiros e Hermínio Bello de Carvalho).
E, para completar, entre os músicos estão Elton Medeiros (prato e faca, caixa de fósforo em Folhas no Ar, de sua autoria com Hermínio), Nelson Sargento e Paulinho da Viola (nos violões) e Jair do Cavaquinho.
O disco ELIZETE SOBE O MORRO é marcadamente a maior referência de Samba Tradicional já registrada em gravação. Imperdível!
Elizete Moreira Cardoso nasceu no Rio de Janeiro em 16 de Julho de 1920. Nasceu em São Francisco Xavier, perto do morro de Mangueira. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar. Pouco antes de completar seis anos estreou cantando no rancho Kananga do Japão; aos oito já cobrava ingresso (10 tostões) da garotada da vizinhança para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. Gravou mais de 40 LP's, foi contratada em todas as as fases áureas de veículos de comunicação, como a Rádio Mayrink Veiga e a TV Record. Mas, em 1965, decidiu fazer algo diferente em sua carreira - ao invés de seguir com seu bem sucedido repertório de Sambas Canção, a Divina optou por conhecer de perto algo que já vinha sendo feito em alguns lugares como o Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, por cantoras como Nara Leão e músicos como Carlos Lyra: gravar os compositores populares dos morros cariocas. Então subiu o morro e de lá voltou com sambas de Nelson Cavaquinho (Vou Partir, Luz Negra e A Flor e o Espinho - parcerias com Jair Costa, Amancio Cardoso e Alcides Caminha, respectivamente), Zé Keti (Malvadeza Durão), Cartola (Sim) e um outro menino novo de nome Paulinho da Viola (Minhas Madrugadas, composta com Candeia, e Rosa de Ouro, parceria com Elton medeiros e Hermínio Bello de Carvalho).
E, para completar, entre os músicos estão Elton Medeiros (prato e faca, caixa de fósforo em Folhas no Ar, de sua autoria com Hermínio), Nelson Sargento e Paulinho da Viola (nos violões) e Jair do Cavaquinho.
O disco ELIZETE SOBE O MORRO é marcadamente a maior referência de Samba Tradicional já registrada em gravação. Imperdível!
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Se o LP do Tom mudou a música do mundo, segundo Gudin, "esse disco aqui mudou o violão brasileiro." Ainda sobre a obra, uma de suas maiores referências, Gudin continua: "Neste disco o Baden se mostra por inteiro. Dá para conhecê-lo melhor pela própria categoria de execução, ritmo, batida... é como sugere o nome, mesmo."
O que falar de Baden Powell? Bem, seja lá o que for, em se tratando de enaltecer suas qualidades, nada jamais será exagero, lenda, mito... Eis aqui um dos maiores nomes da história do violão.
Amante do jazz e de músicas populares tradicionais brasileiras, apaixonado por Django Reinhardt e Barney Kessel, conseguiu desenvolver um estilo único que incorporava elementos virtuosísticos da técnica clássica erudita e elementos de suingue e harmonia populares. Se cansou desse mundo em 26 de setembro de 2000. Mas nos deixou dois músicos na ativa, seus filhos Philippe Baden Powell (pianista) e Louis Marcel Powell (Violonista e nascido na França assim como o irmão Philipe), além de uma vasta discografia, das quais Gudin destaca esse disco maravilhoso, bom em tudo. Desde o set list, a ficha técnica até o divino trabalho gráfico do designer Cesar Villela, que fez essa capa histórica para a gravadora Elenco. Ouçam e sejam felizes...
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TOM JOBIM (1963 - Verve)
"Este LP mudou a música do mundo", afirma Gudin. "Nele o Tom descobriu a batida da bossa nova, uma coisa quase eletrônica, com o Edson Machado na bateria, o contrabaixo acústico do Tião Neto e o violão do próprio Tom. Ele toca de uma forma muito econômica, só com a mão direita fazendo a melodia, raramente usando as duas mãos para fazer a harmonia também. O resto fica por conta dos belíssimos arranjos de flauta, cordas e trombone, que, embora assinados por Claus Ogerman, trazem nítida a influência do Tom, porque neles se encontram frases inteiras de orquestra já usadas por ele nos arranjos dos discos de João Gilberto, pouco tempo antes."
Gravado para o selo Verve nos estúdios nova-iorquinos da A & R, em 9 e 10 de maio de 1963, Antonio Carlos Jobim - The Composer of Desafinado Plays, foi o primeiro disco de Tom como solista. Por não se sentir seguro escrevendo arranjos para músicos que não conhecia, pediu ao produtor Creed Taylor que lhe providenciasse um arranjador americano. O candidato dos seus sonhos - e de todo o pessoal da Bossa Nova - era, naturalmente, Nelson Riddle, o genial arranjador de Frank Sinatra na Capitol. Mas apenas sonhar com Riddle era o máximo a que Tom achava ter direito àquela altura de sua carreira, tanto que nem o mencionou nas conversas preliminares com Taylor. Em vez de um maestro americano, ganhou um alemão chamado Claus Ogerman. E não gostou nada. "Esse cara vai transformar a minha música em marcha de banda prussiana", queixou-se a Taylor, que, conhecendo bem Ogerman, manteve a escolha.
O "Prussiano" (o apelido, dado por Tom, pegou) eram de primeira, com destaque para o trombone de Jimmy Cleveland e a flauta de Leo Wright. Por exigência de Tom, a única que ele fez, o baterista era um brasileiro, Édson Machado. O piano ficou com o próprio Tom e também o violão, em playback. No repertório, uma dúzia de obras-primas da primeira dentição da Bossa Nova: "Garota de Ipanema", "Amor em paz" ("Once I Loved") - erroneamente identificada como "O morro" no LP original - "Água de beber", "Vivo sonhando" ("Dreamer"), "O morro não tem vez" ("Favela"), "Insensatez" ("How Insensitive"), "Corcovado", "Samba de uma nota só" ("One Note Samba"), "Meditação" ("Meditation"), "Só danço samba" ("Jazz Samba"), "Chega de saudade" e "Desafinado".
No Brasil, foi lançado pela gravadora Elenco, também em 1963:
O "Prussiano" (o apelido, dado por Tom, pegou) eram de primeira, com destaque para o trombone de Jimmy Cleveland e a flauta de Leo Wright. Por exigência de Tom, a única que ele fez, o baterista era um brasileiro, Édson Machado. O piano ficou com o próprio Tom e também o violão, em playback. No repertório, uma dúzia de obras-primas da primeira dentição da Bossa Nova: "Garota de Ipanema", "Amor em paz" ("Once I Loved") - erroneamente identificada como "O morro" no LP original - "Água de beber", "Vivo sonhando" ("Dreamer"), "O morro não tem vez" ("Favela"), "Insensatez" ("How Insensitive"), "Corcovado", "Samba de uma nota só" ("One Note Samba"), "Meditação" ("Meditation"), "Só danço samba" ("Jazz Samba"), "Chega de saudade" e "Desafinado".
No Brasil, foi lançado pela gravadora Elenco, também em 1963:
Ficha técnica:
Tom Jobim - 1963 - Verve:
Claus Ogerman (Arranjos e regência), Antonio Carlos Jobim (Piano, guitarra e vocai), Jimmy Cleveland (Trombone), Leo Wright (Flauta), George Duvivier (Baixo), Edson Machado (Bateria).
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Um comentário:
Oi! Queria saber se nesse espaço "Dicas do Gudin" vocês também selecionam lugares de interessantes em Sao Paulo para se ouvir música!
Sou da Equipe da Casa do Núcleo, um centro cultural de música aberto em 2011 pelo pianista Benjamin Taubkin e queríamos entrar em contato com a equipe do blog!
Se puderem entrar em contato conosco ficaremos contentes: casadonucleo@gmail.com
E para visitar nosso site é só acessar www.casadonucleo.com.br
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